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domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Hipnose funciona?

É bem verdade que o tema Hipnose nem sempre é algo fácil e simpático de abordar, tanto para o público leigo, como para a comunidade científica e de profissionais especializados na saúde e comportamento humano. O assunto foi freqüentemente envolvido, desde tempos ancestrais, numa aura associada geralmente ao misticismo, a poderes sobrenaturais questionáveis, ao eventual uso indevido e inconseqüente de forças desconhecidas da mente humana e, não raro, na pior das hipóteses, ao simples sensacionalismo, quando não ao charlatanismo.

A partir de 1998 a hipnose saiu do campo da especulação para o campo científico através de uma experiência coordenada pelo psicólogo e neurologista da Universidade de Harvard, Stephen Kosslyn, que contou com auxílio de psiquiatras, radiologistas e neurologistas da Universidade de Stanford nos EUA. Com o auxílio de um equipamento de última geração na área da tomografia computadorizada (PET - tomografia por emissão de pósitrons) foi possível visualizar com precisão quais regiões cerebrais estavam sendo ativadas no momento em que um grupo experimental encontrava-se em estado hipnótico, sugestionando os mesmos para verem em cores uma tela de computador que era preto e branco e vice-versa.

Esta experiência foi um marco definitivo para a validação da hipnose como método científico pela Organização Mundial da Saúde em 1998.A hipnose passa a ser uma técnica reconhecida pela ciência moderna no tratamento de doenças físicas e psicológicas, ganhando cada vez mais reconhecimento entre os profissionais da Medicina e da Psicologia.

No Brasil, no dia 20 de agosto de 1999 o Conselho Federal de Medicina emitiu um parecer (nº 42/99) reconhecendo a hipnose como "uma valiosa prática médica", que pode ser utilizada em diagnóstico e tratamento. Há quase dez anos foi a vez do Conselho Federal de Psicologia em 20 de dezembro de 2000 reconhecer a hipnose como um recurso terapêutico (resolução 013/00).

A palavra Hipnose, deriva do grego (hypnos - sono). Essa definição vem do médico inglês, Dr. James Braid de Manchester e remonta ao século XIX. Partiu dele a idéia de sono, dado as características que a pessoa apresenta em estado hipnótico, que é semelhante ao estado de sono, como se ela estivesse dormindo.

A hipnose é um estágio anterior ao sono. O transe parece sono do ponto de vista físico (atividade diminuída, relaxamento muscular, respiração suave, etc.), mas, do ponto de vista mental, a pessoa está relaxada de forma alerta e consciente (como também comprova o PET).

A hipnose faz parte do nosso dia-a-dia. Segundo Milton Erickson, entramos em transe espontaneamente, por algumas vezes, num mesmo dia. Exemplo, dirigir, andar quilômetros e só depois verificar que havia andado muito sem se dar conta, rezar, meditação, concentração no computador, numa palestra, numa conversa...
A hipnose é então um estado de concentração com um foco específico, que facilita a comunicação interna do sujeito, aumentando as probabilidades da mudança efetiva de hábitos e comportamentos.
Dentro da Psicologia, odontologia e da Medicina, suas aplicações são incontáveis, mas é importante ressaltar que a hipnose não substitui a psicoterapia nem a medicação, e sim é uma ferramenta valiosa que ajuda a otimizar e encurtar o processo psicoterápico.
Temos a plena consciência de que a Hipnose é um assunto que deve ser tratado com o maior respeito e prudência do ponto de vista ético, científico, técnico, profissional e não incentivamos o seu uso e aplicação por leigos e pessoas não apropriadamente qualificadas para lidarem com esta poderosa ferramenta de terapia.

Para o psicólogo aplicar a técnica da hipnose, segundo a própria resolução do Conselho de Psicologia, requer capacitação para a utilização deste recurso, através de cursos e especializados.

Em Campos dos Goytacazes e com atuação em Macaé e no Rio de Janeiro temos o Instituto de Psicologia Crescer que mantém cursos de formação e capacitação em Hipnose Clínica nas suas diversas formas.

Atualmente estamos trabalhando muito com o Emagrecimento Pela Palavra, uma nova abordagem que chamamos de Hipnose Semântica, onde a ressignificação de memórias tem um resultado bastante animador na perda de peso.

João Oliveira - Psicólogo CRP 05/32031
Mestrando em Cognição e Linguagem - UENF

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cursos em Março: Rio, Macaé e Campos:

Cursos em Março: Rio, Macaé e Campos:

Psic. Organizacional - Início 06/03 Macaé

Cirurgia bariátrica deve ser a última opção para as pessoas obesas

Publicada em 16 de fevereiro de 2010 em O URURAU, siga o link

Cirurgia bariátrica deve ser a última opção para as pessoas obesas


Divulgação

Obesidade atinde em média 12% da população brasileira


No consultório do médico Gerson Noronha Filho, na Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, as cadeiras são feitas de madeira reforçada para suportar o peso dos pacientes, que pode chegar a 200 quilos. Especializado no tratamento da obesidade, um mal que atinge aproximadamente 12% da população brasileira, o professor de Clínica Médica afirma que ainda não foram encontrados fatores genéticos para a doença e acredita que uma de suas causas é a deseducação alimentar que vem desde a infância.

Isso porque muitas mães preferem colocar refrigerantes e biscoitos recheados no lanche dos filhos, por serem mais práticos. O excesso de gordura saturada e açúcar leva ao aumento de peso e pode ocasionar a obesidade nessas crianças, que provavelmente também serão jovens e adultos obesos.

O especialista alerta que crianças sofrem dos mesmos males que adultos obesos: problemas cardiovasculares, respiratórios e articulares, hipertensão e diabetes, além de terem o crescimento prejudicado. Estudos já comprovam a relação da obesidade com o surgimento do câncer, geralmente de pulmão e estômago, e, nos homens, a perda da potência sexual.

“A má alimentação é um fator sociocultural, um problema do nosso estilo de vida. As pessoas fazem poucas refeições em casa e optam, com muita frequência, por restaurantes fast food ou comida industrializada. Além disso, hoje o mercado é bombardeado por propagandas de alimentos compostos por carboidratos, como refrigerantes, biscoitos, massas, sorvetes e doces, que estão cada vez mais diversificados”, afirma Gerson.

Doutor em Saúde Pública pela universidade norte-americana Johns Hopkins, o médico também credita ao sedentarismo o crescente número de pessoas com sobrepeso no mundo e afirma que a obesidade está se tornando epidêmica, inclusive nas classes mais baixas, já que os alimentos estão se tornando cada vez mais acessíveis. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 40% das pessoas têm peso acima do ideal.

Quem já é obeso e deseja reverter o quadro, aconselha Gerson, deve primeiro procurar um especialista. Além da reeducação, é preciso ter cuidado com os exercícios físicos, já que o excesso de peso combinado com movimentos de grande impacto pode trazer prejuízos.

“Pessoas muito pesadas geralmente não podem fazer atividades como esteira ou corrida, então é fundamental que a orientação no processo gradual de perda de peso seja feita por um profissional que recomende o cardápio e indique o treinamento apropriado”.

Além disso, é importante investigar as causas da obesidade. O procedimento adotado pela Faculdade de Ciências Médicas é constituído por uma abordagem multidisciplinar, que inclui questionário que avalia o histórico – entre outros fatores, são observados o nível de escolaridade, o peso ao nascer, os intervalos entre as refeições, a atividade sexual e os alimentos preferidos – e consultas com psicanalista, nutricionista e educador físico. Na maioria dos casos, o tratamento também envolve o parceiro e a família, que também devem se adaptar ao novo estilo de vida do paciente.

Uma curiosidade destacada pelo professor é que atletas de competição têm grande possibilidade de se tornarem obesos quando diminuem consideravelmente a atividade física. Isso porque o gasto energético diminui mas as pessoas continuam consumindo o mesmo valor calórico de antes durante as refeições. Algumas profissões, em que o profissional passa muito tempo sentado ou na mesma posição, também elevam a propensão ao aumento de peso.

Cirurgia tem pós e contras
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é caracterizada pelo índice de massa corporal (IMC) acima de 30. O cálculo é feito a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado. Se a relação ficar abaixo de 18, a pessoa está abaixo do peso ou anêmica; entre 18 e 25, é considerada normal; de 30 a 40, obesa. Quando o número supera 40, o diagnóstico é de obesidade mórbida.

A cirurgia bariátrica, em geral, é recomendada para o último caso, quando outros tipos de tratamento não tiveram sucesso. A exceção, no entanto, é aberta caso o paciente seja portador de alguma doença concomitante, como diabetes.

– No caso do apresentador Fausto Silva, por exemplo, ele não tinha um IMC muito alto, mas apresentava diabetes grave, incontrolável, e complicações oftalmológicas e cardíacas. Nesse caso, a intervenção se fez necessária – avalia Gerson Noronha.

Antes de encarar a mesa de cirurgia, o paciente passa por uma série de exames – entre eles, Raio-X de tórax, ultra-sonografia do abdômen e endoscopia digestiva – para avaliar o risco cirúrgico, já que o procedimento também apresenta riscos. A anestesia é feita por processo inalatório, em quantidades maiores que as recebidas por pessoas magras, o que aumenta as chances de parada cardíaca e choque anafilático.

Como explica o professor, existem vários tipos de cirurgia. Inicialmente, uma parte substancial do estômago era retirada, fazendo com que o alimento ingerido não fosse absorvido por completo. Outro procedimento consiste na colocação de um anel no estômago para provocar a diminuição de ingestão de comida. Cada uma delas demanda um período de recuperação diferente, que pode variar de acordo com as condições de normalização de taxas de glicose e colesterol.

Durante o primeiro mês de pós- operatório, é realizada uma dieta somente com alimentos líquidos. Gradualmente, os alimentos sólidos voltam a ser introduzidos no cardápio, mas é preciso ter cuidado com a quantidade e o tipo de comida que será ingerida.
“A perda de peso é muito rápida, pois a dieta, que pode chegar a seis mil calorias por dia, passa para 500 calorias diárias. Mas já vi casos de pacientes que, no período da dieta líquida, consumiam latas e latas de leite condensado e sorvetes. Por isso, é fundamental que o paciente seja acompanhamento por seu médico por pelo menos dois anos após a intervenção”, explica o médico.

Após quatro semanas, já é possível fazer exercícios, para auxiliar no emagrecimento. Uma das principais dificuldades, porém, é recuperar a integridade do corpo: em grande parte dos casos, o excesso de pele gera a necessidade de cirurgias plásticas reparadoras para que a pessoa tenha uma aparência mais agradável e condizente com seu novo peso. A intervenção só é recomendada após dois anos da operação de redução do estômago.

A plástica, no entanto, é considerada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como um procedimento meramente estético, o que impossibilita muitas pessoas de levarem o tratamento até o fim. Segundo o professor Gerson Noronha, muitos desistem no meio e voltam a engordar rapidamente.

Em Campos existe um trabalho pioneiro no ramo da Psicologia: o Emagrecimento pela Palavra. Trabalho de Mestrado do Psicólogo João Oliveira, essa abordagem psicoterápica une a ressignificação da palavra interna do obeso como força motriz na modelagem do corpo, com as modernas técnicas de auto-hipnose semântica.

Não há nenhum esforço aparente do paciente, no entanto ele muda sua rotina de uma forma inconsciente e vai perdendo peso a medida em que altera seu padrão interno de interpretação do mundo. Esse processo funciona bem para as pessoas que tem fortes sentimentos envolvidos no processo de aquisição do peso, embora, muitas vezes, ela própria não se dê conta disto.

O Instituto de Psicologia Crescer está aplicando a técnica do Emagrecimento pela Palavra já há alguns meses com bons resultados em vários pacientes.