sexta-feira, 22 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Dois Kilos de Tristeza
No atendimento diário com a psicoterapia do Emagrecimento pela Palavra, técnica desenvolvida após dois anos de pesquisa de Mestrado em Cognição e Linguagem (UENF-RJ) sob a orientação da Pós Dra. Arlete Sendra, começamos a notar algo extraordinário que temos o dever de reportar a quem se interessa pela maravilha da psique humana: os dois quilos de tristeza.
Sabemos que a tristeza é o movimento emocional que mais consome energia. Ficar triste demanda um alto consumo calórico. Por isso, toda vez que estamos na normalidade e um golpe emocional nos surpreende, emagrecemos a olhos vistos.
Nesse raciocínio, também sabemos que as pessoas em constante angústia acabam por acumular tecido adiposo como uma forma de defesa a futuras intempéries. Esse estudo já foi feito, inclusive, na periferia de Brasília em um universo de 10.000 mulheres de baixa renda. A busca era outra, câncer de mama, mas a observação curiosa ficou por conta da obesidade em quase 70% desta população. A pergunta é: como pode quem tem pouco para comer engordar? A resposta é simples: o organismo guarda o que puder, baixando o metabolismo, à espera de dias piores.
Junte tudo isso e podemos inferir o raciocínio que o corpo de quem está numa estrutura insegura guarda algo para queimar caso fique triste por algum desapontamento: Dois kilos!
Quando começamos a psicoterapia breve de quem se considera obeso, a resposta imediata na primeira semana é a perda de dois quilos, caso ele(a) reaja bem as primeiras palavras colocadas. Logo após, ocorre uma estabilização e a perda começa a ser gradual, numa curva menos inclinada. Se tudo correr bem, e a expectativa de resolução se consolidar, o sujeito passa a perder peso até chegar onde o seu organismo considera adequado para aquele momento de sua vida.
Neste período, se algo ocorrer que quebre essa linha, ele volta a ganhar (em média) dois quilos quase imediatamente, no máximo em 48 horas. Esse efeito, acredito, é o reservatório natural para consolidar a tristeza, sem afetar as reservas calóricas cotidianas.
Óbvio que isso é um pensamento que compartilho e ainda necessitamos estudar e verificar muito até supor que seja uma verdade absoluta. Enquanto isso não ocorre, compre uma balança e afira seu peso todos os dias, no acréscimo ou diminuição analise os sentimentos mais experimentados no dia anterior. Pode ser que a sua experiência ajude a comprovar, ou não, essas linhas que escrevo.
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